Ultimamente comecei a considerar a possibilidade de estudar com mentoria. Ainda estou entre o “sim” e o “não”, mas muito inclinada para o sim.
Por quê?
Porque minha rotina é muito caótica, como você já deve ter percebido. Porque eu não tenho conseguido manter a consistência nos estudos (e creio que muito por organização insuficiente). Porque eu acho que direcionamento e foco são importantes e trazem bons resultados com maior brevidade.
Admito que eu nunca tive grande atração por essa onda de coaching e mentoria. Também acho que essa temática está bastante banalizada, porém, isso não significa que todos os serviços de coaching e mentoria são de má qualidade ou enganosos/canastrões.
Eu comecei a pensar em mentoria porque me dei conta de que melhorei muito, no tocante aos exercícios físicos, depois que contratei um personal trainer. Essa atenção personalizada e exclusiva é bem legal e, desde que o aluno cumpra os direcionamentos do professor, os resultados são rápidos e muito satisfatórios. O incentivo de ter um professor particular me ajuda bastante também. Meu personal me passa treinos conforme minhas necessidades e objetivos, levando em conta meu nível de condicionamento e minhas questões médicas. Ele pega no meu pé quando precisa e avalia meus avanços. Eu gosto demais do meu professor da academia.
E é por causa dele que eu estou analisando se seria uma boa ideia procurar uma mentoria para estudar para concursos públicos de alto escalão. Se eu for ficar esperando o momento ideal para estudar direitinho, vou ficar na mesma pra sempre. E, embora seja um alto investimento, não deixa de ser um investimento de fato. Felizmente, no meu caso, posso considerar essa possibilidade.
Para quem não pode arcar com uma mentoria, eu acho muito válido fazer assinatura de um bom cursinho para ter acesso a materiais de qualidade (videoaulas e PDFs). Ou, ainda, a compra de bons livros de doutrina. São duas opções salgadas, mas menos caras do que a mentoria. Quando eu não era servidora pública, apelei para PDFs da Internet – o que eu conseguisse encontrar – e me virei com o que tinha. Também busquei materiais e videoaulas gratuitos oferecidos por cursinhos (sabe aquelas lives de Youtube com aulões?). Como eu não tinha dinheiro, tive que me empenhar muito para conseguir um cargo público intermediário para, assim, ter condição de investir mais, no futuro, e poder lutar por cargos mais altos (que é o meu objetivo desde sempre).
Vejo, hoje, um problema nessa estratégia que adotei: um terço do meu dia está permanentemente comprometido. Os outros dois terços são pra cuidar da vida privada/família e para descanso (não significa que é bem dividido assim) – e é nessas duas fatias que eu devo encaixar os estudos. Já dá pra ver a consequência dessa estratégia, né? Mas é o preço a se pagar quando você não tem dinheiro ou alguém que “banque” você.
Hoje em dia eu vejo que a melhor estratégia é já correr atrás, desde o início, do cargo a que você realmente visa. Contudo, essa tática não me parece ser adotada pela maioria das pessoas. Apenas aqueles que têm melhor condição financeira conseguem fazer isso. Como nunca foi o meu caso… Escolhi conseguir um cargo intermediário primeiro.
Um bom exemplo de cargo intermediário é o concurso de escrevente do Tribunal de Justiça. Eu já fui escrevente do TJSP. Foi uma boa época, eu gostava de trabalhar lá. Atualmente, tem edital aberto justamente para esse concurso público e julgo boa a oportunidade para quem prefere o “cargo intermediário” em vez de advogar (que penso, igualmente, ter vários obstáculos para quem não tem parentes/conhecidos advogados, já que conseguir clientes “do zero” é extremamente penoso e demorado – também era o meu caso).
Enfim, a mentoria me parece uma ótima solução para os meu entraves: falta de consistência, falta de motivação a longo prazo, falta de organização, falta de energia e necessidade de otimização do tempo escasso. Se eu realmente optar por uma mentoria, conto depois para você sobre minha experiência.
Caso queira compartilhar, gostaria de saber o que você acha sobre mentorias e cursinhos. Você prefere estudar sozinho, com livros/PDFs, ou acha melhor estudar por aulas presenciais/videoaulas?
