Na real, muitas vezes eu não estou nem com um pingo de vontade de estudar. E tudo bem, acho que isso é absolutamente normal. O que eu faço? Quando eu não estou afim de estudar, eu leio.
Vou falar pra você que essa coisa de ser produtivo é algo que não me apetece muito. Não acho que devemos ser produtivos o tempo todo. O ócio também é bom e acho que muito importante pra saúde mental. Mas não estou aqui hoje pra falar sobre “benefícios” ou “malefícios” do ócio.
Existe outra coisa muito boa de se fazer: ler. E eu disse ler, e não estudar. Leitura por diversão.
À minha época de criança não existia smartphone. Já existiam os computadores, mas só fui ter um com 12 anos de idade. Quando eu era pequena eu lia muito. MUITO. Até quando eu ainda não sabia ler eu gostava de fingir que estava lendo e ia inventando histórias mirabolantes na hora. Eu saquei que a partir do dia que comecei a usar o computador, fui, paulatinamente, afastando-me dos livros. Depois do celular, então? Aí que eu me esqueci de vez do prazer da leitura.
Hoje, já adulta, e percebendo que de uns anos pra cá eu estava “emburrecendo” e ficando cada dia mais mediana, resolvi que tinha que mudar isso. A gente fica grudado nessa coisinha chamada celular, fica que nem zumbi assistindo a trocentos shorts, infinitos vídeos e todo tipo de informação rápida/inútil que não nos acrescenta nada, e não vê a vida passar. Sim, eu cheguei a uma conclusão: a constante sensação de que a vida está passando mais rápido do que o normal deve-se em grande parte à agilidade das informações a que temos acesso – aos smartphones, às redes sociais. Essas coisas. E não consigo achar isso bom.
A tecnologia nos auxilia – e muito. Contudo, acho que o analógico não deve ser deixado de lado. Escrever à mão. Ler no papel. Antiquado? Não acho não. Eu me lembro do saudoso Professor Pier explicando que essas coisas nos ajudam a criar novas conexões entre os neurônios. Isso não é maravilhoso? Tornamo-nos mais inteligentes. Ao passo que ficar o tempo todo na frente das telas nos torna preguiçosos, com menos capacidade de concentração e… Menos inteligentes.
Diante de tudo isso, tenho me empenhado em ler mais livros. Eu não deixei o meu celular pra trás, claro que não. Eu não sou antitecnologia. Todavia, reduzi bastante o uso das telas e aumentei bastante o tempo atrás dos livros. E isso é sensacional. Voltar a exercitar mais a imaginação, curtir mais o silêncio. É gostoso demais! Aliás, ultimamente eu ando viciada nos livros da Dark Side. Gosto dos temas sombrios que eles editam. O livro da vez é “O Demonologista”, de Andrew Pyper. Bem legal! Recomendo muito!
É isso. Quando não estou afim de estudar: eu leio. Quer um conselho? Leia você também, e descubra como é incrível conhecer todos os mundos, todo tipo de personagem, todas as épocas da História, todo tipo de curiosidade e tudo o mais que os livros podem te contar!